Ontem me confrontei, na sala de aula, com uma expressão, conceito, que nem sabia da existência, e muito menos, que eu praticava/partilhava desde pequeno.
Sou um Flaneur. Desde muito tempo, desde o início. Muitas vezes taxado de louco, ou de metódico, chamado de utópico, as vezes chato, analítico, mas agora sei que sou Flaneur (risos).
Como se ao cair dentro de um poço escuro, fundo, úmido e mal cheiroso, não me limitasse e visse somente à escuridão que ali me cerca, ou os machucados feitos na queda, ou reparasse somente o frio que faz ali dentro, mas, o que mais me chama a atenção, são as nuances da dor que os machucados causaram, a textura das paredes cheias de lôdo, a calma da água parada sob minhas pernas e principalmente, ao pontinho de luz, que vem lá de cima, tentando fazer sua função de iluminar, quase imperceptível. É claro que quando anoitece, o medo e o cansaço vencem (e anoitece todos os dias), mas nem por isso, o feixe de luz, deixa de aparecer nas horas que deve aparecer.
Foi nessas condições que sempre encherguei a vida, o que não impossibilita, anula ou invalida as outras formas de se confrontar a realidade ou vivê-la, mas sempre tive um olhar atento aos detalhes, sempe observei a minha volta, o que já condicionou, e as vezes, condiciona ainda, algumas atitudes, pensamentos e fatos da minha vida.
Algumas vezes, dependendo do avanço crônico do seu Flaneurie, a sua noção de realidade, pode se distinguir de todas as outras (mais uma vez digo, não estou defendendo esse ponto de vista como o correto e sim defendendo as verdades individuais, e essa é a minha!). Sua atenção, mesmo que minimalista, se conjuga com o tôdo, ao mesmo tempo que seus olhos se voltam para os detalhes cotidianos (porém muitas vezes desapercebidos). Podemos ver como aquilo se emprega em um contexto, em uma sociedade, em um texto. É claro que muitas vezes essa visão de mundo e/ou realidade, pode ser considerada lúdica demais (e confesso que o lúdico excessivo também me incomoda), porém o que enchergo é o confronto, o embate, a micelânia entre o lúdico e a realidade, e aí que está o grande barato!
Andar pelas ruas, andar pelas conversas, pelos comportamentos humanos, desenvolver auto critica, e a critica por si só, restabelecer fundamentos, conceitos, preconceitos, tudo isso faz parte do olhar flaneurie, pois quanto mais se observa, menos se pode ter certeza, pois a amplitude e amplidão das coisas, que passam a existir diante dos seus olhos, só torna a existência mais interessante. Depois disso, quem sabe, a expressão fundo do poço, não possa parecer menos derrotista, e mais animadora? À mim parece...
Sou um Flaneur. Desde muito tempo, desde o início. Muitas vezes taxado de louco, ou de metódico, chamado de utópico, as vezes chato, analítico, mas agora sei que sou Flaneur (risos).
Como se ao cair dentro de um poço escuro, fundo, úmido e mal cheiroso, não me limitasse e visse somente à escuridão que ali me cerca, ou os machucados feitos na queda, ou reparasse somente o frio que faz ali dentro, mas, o que mais me chama a atenção, são as nuances da dor que os machucados causaram, a textura das paredes cheias de lôdo, a calma da água parada sob minhas pernas e principalmente, ao pontinho de luz, que vem lá de cima, tentando fazer sua função de iluminar, quase imperceptível. É claro que quando anoitece, o medo e o cansaço vencem (e anoitece todos os dias), mas nem por isso, o feixe de luz, deixa de aparecer nas horas que deve aparecer.
Foi nessas condições que sempre encherguei a vida, o que não impossibilita, anula ou invalida as outras formas de se confrontar a realidade ou vivê-la, mas sempre tive um olhar atento aos detalhes, sempe observei a minha volta, o que já condicionou, e as vezes, condiciona ainda, algumas atitudes, pensamentos e fatos da minha vida.
Algumas vezes, dependendo do avanço crônico do seu Flaneurie, a sua noção de realidade, pode se distinguir de todas as outras (mais uma vez digo, não estou defendendo esse ponto de vista como o correto e sim defendendo as verdades individuais, e essa é a minha!). Sua atenção, mesmo que minimalista, se conjuga com o tôdo, ao mesmo tempo que seus olhos se voltam para os detalhes cotidianos (porém muitas vezes desapercebidos). Podemos ver como aquilo se emprega em um contexto, em uma sociedade, em um texto. É claro que muitas vezes essa visão de mundo e/ou realidade, pode ser considerada lúdica demais (e confesso que o lúdico excessivo também me incomoda), porém o que enchergo é o confronto, o embate, a micelânia entre o lúdico e a realidade, e aí que está o grande barato!
Andar pelas ruas, andar pelas conversas, pelos comportamentos humanos, desenvolver auto critica, e a critica por si só, restabelecer fundamentos, conceitos, preconceitos, tudo isso faz parte do olhar flaneurie, pois quanto mais se observa, menos se pode ter certeza, pois a amplitude e amplidão das coisas, que passam a existir diante dos seus olhos, só torna a existência mais interessante. Depois disso, quem sabe, a expressão fundo do poço, não possa parecer menos derrotista, e mais animadora? À mim parece...
(Texto: Bruno Souza)
gostei desta descricao do q é ser um flauner...
ResponderExcluirapesar de ainda estar meio perdida dentre tamanha explicacao....