segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Inacabado



Para que lateja, oh pobre e caro?

É por causa do sangue que o penetra,

ou seria pelo sentimento que o habita?

Estava quieto, mas não parado,

à contemplar uma vidinha sem emoções.

Desejou emoções?

Não!

Mas tome-as, elas são tuas, não minhas!

Será?

Ou eu desejei e não lembro?

Ou eu desejei em sonho?

E se o sonho se realizou?

Não! Não há de ser nada.

Mas se não há de ser nada, por que já é tanto?

(Texto: Bruno Souza)