Para que lateja, oh pobre e caro?
É por causa do sangue que o penetra,
ou seria pelo sentimento que o habita?
Estava quieto, mas não parado,
à contemplar uma vidinha sem emoções.
Desejou emoções?
Não!
Mas tome-as, elas são tuas, não minhas!
Será?
Ou eu desejei e não lembro?
Ou eu desejei em sonho?
E se o sonho se realizou?
Não! Não há de ser nada.
Mas se não há de ser nada, por que já é tanto?
(Texto: Bruno Souza)